Sou vegetariano há 12 anos, e vegano nos últimos cinco anos. A criação de animais e o seu consumo é a principal causa de poluição do planeta, do ar, da terra e das águas; mais de 70% da terra arável se destina ao alimento de animais, os cereais e leguminosas utilizados em rações dariam para alimentar mais 2000 milhões de seres humanos, enquanto que 1000 milhões de seres humanos passam fome diariamente. Segundo a FAO em cada 5 segundo morre uma criança por fome. A energia necessária para produzir um quilo de carne daria para andar 250 km num automóvel médio, requer o uso de cerca de 15.000 litros de água, um litro de leite usa 900 litros de água.
Os indicadores climáticos estão em alerta vermelho, o degelo no polo norte é assustador, os fenómenos atmosféricos de grande intensidade estão aí para serem vistos, os maiores terramotos estão concentrados nos últimos dez anos. A nossa comida, o nosso ar, a nossa água estão envenenados.
A crise económica global resulta de um modelo de especulação financeira desumana, geradora de infelicidade e destruição dos recursos naturais, no mundo e no país quiseram reduzir o sentido da Vida a trabalhar e consumir.
Em Portugal perdeu-se completamente o norte, no despesismo e no aproveitamento pessoal, na perda do sentido da proporção, do justo, da equidade. Temos gestores públicos a ganharem em média 18.000 euros mensais, múltiplas situações de aproveitamento escandaloso, em empresas em torno do Estado central, regional e autárquico. Muitos assessores e burocracia e uso do dinheiro público sem qualquer pudor. Tudo isso mostra uma sociedade doente.
O PAN, cuja sigla remete para a palavra grega de “Tudo ou Todo”, é um partido que se assume como defensor das três causas fundamentais para o equilíbrio da sociedade e do planeta, a humana, a animal e a ecológica. Tem o sentido que tudo está interligado e que só podemos atingir o equilíbrio quando tratarmos de forma harmoniosa todas as partes. É animado por um sentido ético profundo, quer um Estado que seja exemplo, que não sugue os cidadãos, que reverta em serviços reais todos os impostos que recebe, ao mesmo tempo que quer criar condições de plena liberdade da iniciativa pessoal, para que se crie riqueza e valor, mas não permitindo a exploração simples do outro nem desigualdades gritantes.
Queremos uma sociedade mais justa e mais fraterna, em que os indicadores de felicidade se sobreponham aos indicadores económicos puros. Em que trabalhar exaustivamente e sem rumo não seja objectivo, mas sim criar e realizarmo-nos como seres humanos de forma completa, em que os Homens sejam os protectores da Vida e da Terra.
Queremos, de forma não impositiva e informando, ajudar a construir uma sociedade refundada em valores e não violenta.
Perante este desafio, não podia faltar á chamada...
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